Presídio Militar (início do século XX)

O PM foi criado por decreto real de 7 de Fevereiro de 1895, e esteve provisoriamente instalado desde esse ano em Santarém, numa Cadeia Penitenciaria do Ministério da Justiça, absolutamente idêntica às existentes em Lisboa e Coimbra, que foi cedida à Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra para o cumprimento de pena de PM a qual, criada pelo Código de Justiça Militar ao tempo promulgado, obrigava a um regime Penitenciário que envolvia segregação celular durante a noite e comunidade de trabalho durante o dia.
A entrega provisória da Penitenciária e suas pertenças, ao Ministério da Guerra, ocorreu a 6 de Março de 1895, ficando como património da Direcção Geral de Fortificações e Obras do Exército.
No dia 8 de Maio de 1895 assumiu o Comando do Estabelecimento, o General de Brigada João Batista da Silva.
Em 25 de Maio de 1895 deu entrada o primeiro condenado, o Soldado António de Campos, aprendiz de músico, sendo-lhe atribuído o n.º 1.
A pena de “Presídio” estabelecida no Código de Justiça Militar de 13 de Maio de 1896, veio viabilizar o estabelecimento prisional como PM.
Foi em Santarém que o PM funcionou durante 105 anos e nele cumpriram pena 3945 presos, sendo 184 da Marinha, 3537 do Exército, 168 da Força Aérea e 56 da Guarda Nacional Republicana.
Em 1998 o PM de Santarém é desafectado do domínio público militar e passa a integrar o domínio privado do Estado, sendo reafectado ao Ministério da Justiça.
Pelo Despacho nº 1830/2001 de 17 de Janeiro do MDN, o Presídio Militar é aditado ao Mapa III (U/E/O que são transferidos) do Despacho 72/MDN/93.
A transferência do PM, de Santarém para Tomar, torna-se legalmente efectiva em 1 de Janeiro de 2001. O Presídio Militar ocupou as instalações da Casa de Reclusão de Tomar.
Nesta mesma data, tomou posse como Comandante do PM o TCor Infantaria Carlos Alberto Rodrigues Coelho.
Em 23 Abril de 2001 o PM instala-se definitivamente nas instalações da Casa de Reclusão de Tomar, depois dessas serem sujeitas a grandes obras de remodelação e ampliação, iniciadas em Abril de 2000.
Os reclusos condenados a penas de Presídio Militar, que tinham sido entretanto transferidos para a Casa de Reclusão de Elvas foram, em 9 de Janeiro de 2002, removidos para o Presídio Militar em Tomar.

Camionagem Ribatejana…

Na década de quarenta do século passado José Roque Dias, natural do Fundão e funcionário da Carris em Lisboa, tomou a decisão de se estabelecer com um transporte de passageiros entre a cidade de Santarém e uma aldeia de nome Alqueidão do Mato.

Foi o primeiro passo do que viria a ser a Camionagem Ribatejana, Lda., empresa de transporte de passageiros que em 1971, quando foi adquirida pela João Cândido Belo, Lda., dispunha de 70 autocarros que percorriam toda a zona centro de País.
Empresa que o fundador desenvolveu com a ajuda dos seus filhos Manuel Roque Dias e José Torgal Roque Dias, os quais dedicaram à mesma toda a sua vida profissional.

Expressão ainda hoje visível dessa obra é o edifício onde ainda funciona a estação rodoviária de Santarém, que em resultado dos processos de nacionalizações e privatizações na indústria de transportes, tem por “ocupante” actual a Rodoviária do Tejo, SA. e onde também funciona a Concessão Renault de Santarém, esta propriedade da empresa Roques, Lda., que é sucessora da Camionagem Ribatejana.

Carta da Correição de Santarém

ALBERNAZ, João Teixeira I, ? – ca.1650
[Carta da Correição de Santarém] [Material cartográfico] / [João Teixeira Albernaz, I]. – Escala [ca. 1:210000], 5 léguas [18 ao grau] = [15,0 cm]. – [S.L. : s.n., 1640]. – 1 mapa : manuscrito, color. ; 49,00×71,00 cm. – Atribuição de autor e datas com base em: Cortesão, Armando; Mota, Avelino Teixeira – Portugaliae Monumenta Cartographica. Lisboa: Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, 1960. Vol. 5, p.142. – O mapa está orientadado com o Leste no topo, indicado através de uma rosa-dos-ventos. . – Sobre o fundo traçados rectilíneos a vermelho . – A representação abrange um amplo espeço da bacia do Tejo, de Tomar ao estuário do rio (Mar da Palha) e das Serras de Minde e de Montejunto a Montargil e ao vale da ribeira de seda. . – Não apresenta título ou legenda mas, identificam-se quatro principais fenómenos figurados: a rede hidrográfica, o relevo, o povoamento e a divisão judicial.

CDU 914.695.1(084.3)
912″17″(084.3)