Arrepiados de Almoster

Trata-se de um bolo de receita Conventual das Monjas do Mosteiro de Almoster da Ordem de Cister, muito simples de conseguir e que na sua composição inclui: aproveitamento de claras de ovo, miolo de amêndoa em lasca, açúcar, canela e raspa de limão.

Conta a lenda que o seu nome “arrepiados” advém de uma situação em que as monjas se encontravam atarefadas na cozinha a preparar doces para receberem um grupo de fidalgos e uma delas terá posto em causa a qualidade daquilo que se estava confeccionando. Então a monja que dirigia as operações da cozinha terá dito: Não te preocupes porque os bolos que estamos a fazer vão sair tão bons que os Fidalgos vão ficar arrepiados.

Não admira portanto que ainda hoje quem prova estes bolos possa também ficar arrepiado com a sua qualidade e paladar.

Este bolo conventual goza de muita popularidade e é um cartaz que representa bem a doçaria de Santarém.                                                                    

Fonte: www.cm-santarem.pt/pracapublica/noticias/Paginas/ReceitastradicionaisdoConcelhodeSantar%C3%A9mnas%E2%80%9C7maravilhasdagastronomia%E2%80%9D.aspx

Fataça Assada na Telha

Trata-se de um prato com origem nas populações da zona ribeirinha do Tejo, concretamente da aldeia avieira das Caneiras que é parte da freguesia de S. Nicolau de Santarém.

É um prato que resulta da utilização de um produto da pesca avieira, a “fataça” utilizando-se para a sua confecção duas telhas de canudo de barro vermelho que levam os topos barrados com massa crua de pão, que vedam o molho, servindo uma de assadeira e a outra de tampa.

A fataça depois de amanhada e temperada de sal, leva uns golpes onde são colocadas tiras de toucinho entremeado e em seguida é barrada com um molho feito separadamente (cebola, alho, louro, colorau, azeite e malagueta).

Uma vez temperada e composta, a fataça vai na telha ao lume de lenha feito no chão ou ao forno de lenha, onde é assada lentamente.

No fim de pronta serve-se com batata cozida com pele e pode ser acompanhada com salada à escolha (tomate ou alface).

A “ TI JULHA MAÇAROCA” foi quem cozinhou e divulgou com êxito, durante muitos anos, este prato que era servido à beira do Tejo, numa mesa corrida de madeira debaixo de uma sombra de rama de salgueiro que existia à sua porta nas Caneiras.
                                                                  
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Pampilhos – receita

Ingredientes:
250 gr de acucar;
250 de margarina;
2 ovos inteiros;
600 gr de farinha;
ovos moles (4 gemas, 4 c.sopa açucar, 6 c. sopa de agua.vai tudo ao lume até engrossar);
canela.

Modo de preparação:
Mistura- se o açucar com a margarina amolecida e os ovos.
junta se a farinha e trabalha-se a massa energicamente. tende se a massa com rolo enfarinhado, corta se em rectangulos e recheia se com ovos moles e polvilha se com canela.
Enrolar os pampilhos, pincelam se com gema de ovo e vai ao forno.

Fonte: Comerbemcasa

Celestes de Santa Clara

Estes pequenos bolos, que são uma autêntica delicia celestial, são de origem conventual porque foram as monjas Clarissas do Convento de Santa Clara de Santarém que os inventaram e começaram a fabricar. Durante muitos anos mantiveram em segredo a sua receita, à base de miolo de amêndoa, ovos e açúcar pilé com uma protecção de folha de obreia (massa utilizada no convento para fabrico das hóstias).
                                                
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Magusto

Trata-se de um prato que faz parte da cozinha tradicional das zonas rurais do Ribatejo muito usado tanto na Lezíria como no Bairro de Santarém, do qual ressaltam algumas importantes características.

Rápido e muito prático de cozinhar, os trabalhadores rurais faziam-no e comiam-no dentro do espaço de tempo de que dispunham para a pausa do almoço (uma hora).

Saudável porque os produtos que entrevêem neste prato são de origem vegetal (Pão de Trigo e de Milho, Couves, Batatas, Azeite, Alho e Sal).

Económico porque o pão utilizado é um aproveitamento de pão endurecido.

Na elaboração deste prato é necessário utilizar um “giribalde” (colher de madeira de laranjeira talhada à mão com navalha) que servirá também para com ele se comer o prato obtido.

Este delicioso prato pode ser acompanhado especialmente com bacalhau assado ou sardinha assada e constitui um prato da época de Outono e Inverno.

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Favas com entrecosto

Este prato tradicional da cozinha do Ribatejo, tanto do Bairro como da Lezíria, é um prato muito usado porque a sua origem é muito simples. Basta ir à horta onde se colhem as favas em verde, ir à salgadeira tirar o entrecosto e o toucinho entremeado de porco, e ir ao fumeiro retirar os enchidos, tudo para a confecção deste maravilhoso prato.
Os produtos a utilizar são: favas em verde descascadas, entrecosto, toucinho entremeado, chouriço e/ou morcela de sangue, banha de porco, coentros, folha verde de alho, azeite e sal.
Tempera-se previamente o entrecosto repousando algum tempo, para depois se iniciar um guisado. Seguidamente acrescenta-se um pouco de água quente juntam-se as favas e faz-se uma cosedura em lume brando. Não se mexe com colher, apenas se sacode o tacho para que as favas se soltem e não se peguem.
Este óptimo prato de carne tem a sua época alta, na altura da colheita das favas em verde.

Fonte: www.cm-santarem.pt/pracapublica/noticias/Paginas/ReceitastradicionaisdoConcelhodeSantar%C3%A9mnas%E2%80%9C7maravilhasdagastronomia%E2%80%9D.aspx